A Polícia Civil de Mato Grosso deflagrou na quarta-feira (2) a Operação “Rastro Tóxico” para desarticular um esquema clandestino de abastecimento e armazenamento irregular de combustíveis em Pontes e Lacerda, a 448 km de Cuiabá. Um empresário, proprietário de um posto de combustíveis na cidade, foi preso em flagrante junto a dois funcionários enquanto tentavam esconder provas do crime.
De acordo com a investigação, o estabelecimento vinha atuando em desacordo com as normas ambientais e de segurança para armazenagem, transporte e comercialização de produtos perigosos, previstas no artigo 60 da Lei de Crimes Ambientais (9.605/98). Diversas denúncias levaram a polícia a monitorar a movimentação no local.
Durante a ação, os policiais flagraram o empresário se deslocando para os fundos do estabelecimento e orientando funcionários a “limpar a areia”, o que levantou suspeitas. Na sequência, uma equipe conseguiu surpreender o gerente do posto e outro funcionário enquanto carregavam uma bomba de transferência de combustível e diversas tubulações na caçamba de uma caminhonete pertencente ao dono do posto.
Os agentes apreenderam no local o equipamento usado para o abastecimento clandestino, um container cheio de óleo diesel, documentos administrativos com indícios de controle paralelo e o celular do investigado. Também foi constatada a existência de um poço artesiano irregular e um sistema de drenagem que direcionava resíduos de combustível para uma caixa de gordura instalada dentro de um campo de futebol, anexo ao posto.
O abastecimento ilegal acontecia de forma oculta, com ligações diretas entre os tanques subterrâneos do posto e um barracão nos fundos, onde o produto era armazenado e comercializado sem registro nas bombas oficiais.
Os três suspeitos foram levados à delegacia e devem responder por crimes ambientais e outros delitos correlatos. O posto foi interditado e todo o material recolhido encaminhado para análise técnica e perícia da Politec. A operação contou com apoio da Polícia Militar, por meio do Batalhão de Polícia Ambiental, e da própria Politec.
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