O prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), admitiu nesta quarta-feira (3) que a Prefeitura pode solicitar compensação financeira pela área pública supostamente utilizada pelo Grupo Bom Futuro para construir o aeródromo inaugurado no mês passado. O empreendimento privado, erguido no Loteamento Parque Bandeira, custou cerca de R$ 100 milhões.
Segundo Abilio, parte da pista de pouso foi construída sobre uma via pertencente ao Município. “Qualquer um pode entrar no sistema SigCuiabá, que é público, e vai ver a via sendo sobreposta à pista de pouso”, afirmou o prefeito.
Embora o Grupo Bom Futuro alegue que não houve usurpação de bem público e que toda a regularização foi feita de forma legal, Abilio contesta. Ele afirma que o processo foi conduzido de forma irregular durante a gestão de Emanuel Pinheiro, seu antecessor.
“Eu acho que pode (fazer o pedido de compensação). Assim como temos outras áreas públicas que precisam ser regularizadas, lá também não será diferente”, declarou. Segundo ele, os valores arrecadados poderiam ser aplicados na regularização fundiária para famílias em situação de vulnerabilidade.
O caso está sob investigação do Ministério Público de Mato Grosso (MPMT). Segundo o órgão, o aeródromo foi construído sobre área do loteamento Parque Bandeira, registrado entre 1978 e 1979. Documentos indicam que o local tem 11 mil hectares, incluindo vias públicas e 4 hectares de reserva florestal.
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