O presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), deputado Max Russi (PSB), voltou a cobrar providências do Governo do Estado para os acessos a Chapada dos Guimarães e a retomada imediata da obra paralisada no Portão do Inferno, na Rodovia Emanuel Pinheiro (MT-251). A obra, que visa conter deslizamentos e reforçar a segurança do trecho, está orçada em R$ 29,5 milhões, mas enfrenta entraves técnicos e administrativos.
Durante pronunciamento nesta quarta-feira (2), Russi defendeu que a construção de um túnel seria a solução definitiva para o problema, que tem afetado não apenas a mobilidade, mas também a economia e o turismo da região. “A gente tem que procurar minimizar isso o mais rápido possível, pelo que significa Chapada em tempo de fortalecimento até do turismo do estado Mato Grosso”, afirmou.
O parlamentar revelou que já se reuniu com o governador Mauro Mendes (União Brasil) para tratar do assunto, mas criticou a condução da obra e a escolha da empresa responsável, Lotufo Engenharia e Construção, que foi contratada sem caráter emergencial. “É algo até estranho, né? Porque quando ainda estava discutindo a licença ambiental, já sabiam quem era a empresa que ia fazer, já tinha contrato, eu nunca vi isso”, disse o presidente da ALMT.
A intervenção no Portão do Inferno foi anunciada em março deste ano e previa prazo de 120 dias para conclusão. O projeto consistia no retaludamento da área, com a retirada de parte do maciço rochoso e a criação de taludes para conter os deslizamentos, além do recuo da estrada em dez metros. No entanto, novos estudos geológicos apontaram inconsistências no projeto inicial, o que levou à paralisação dos trabalhos.
O prefeito de Chapada dos Guimarães, Osmar Froner de Mello (PSD), também se manifestou recentemente, enviando ofício à Assembleia Legislativa para pedir medidas emergenciais que minimizem os impactos diretos na cidade turística.
Russi ainda criticou a restrição de tráfego na estrada Água Fria durante o período seco, classificando a medida como prejudicial aos produtores e investidores da região. “Na seca não tem isso e está dando prejuízo aos produtores de Chapada, inviabilizando até de fazer alguns investimentos”, lamentou.
O governador Mauro Mendes admitiu que a obra enfrenta dificuldades e que análises recentes indicaram a quase impossibilidade de seguir pela rota inicialmente planejada devido ao tipo de solo. Por ora, não há prazo definido para a retomada dos trabalhos, o que mantém a preocupação de autoridades locais e empresários do turismo sobre os prejuízos contínuos à economia chapadense.
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