Janaina Riva alerta para risco de “efeito Werther” após crime com doces envenenados

A deputada estadual Janaina Riva (MDB) usou suas redes sociais nesta segunda-feira (9) para fazer um alerta à população, especialmente pais e adolescentes, sobre o risco de crimes por imitação após a ampla divulgação de tragédias. A preocupação da parlamentar gira em torno do chamado efeito Werther, fenômeno psicológico que explica como crimes, suicídios e episódios de violência replicados na mídia podem influenciar comportamentos semelhantes em pessoas vulneráveis.

O alerta surge às vésperas do Dia dos Namorados, data marcada pela entrega de lembranças anônimas como doces e bilhetes, mas também poucos dias após um caso que chocou o país: em Itapecerica da Serra (SP), uma adolescente de 17 anos envenenou duas colegas de escola com doces contaminados com arsênico. Uma das vítimas, Ana Luiza de Oliveira Neves, morreu no domingo (1º); a outra sobreviveu.

Segundo as investigações, a autora do crime teria comprado o veneno pela internet e entregue os doces com mensagens carinhosas — como “um mimo para a garota mais linda que já vi” — dificultando qualquer suspeita de que se tratava de uma armadilha. A jovem foi apreendida e poderá cumprir medida socioeducativa, como prevê o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

Diante da repercussão nacional do caso, inclusive com reportagem exibida no Fantástico, Janaina usou seus perfis para reforçar a importância da atenção redobrada nas escolas e comunidades.

“Não aceite nada sem remetente. Denuncie bilhetes ameaçadores. E nunca, nunca consuma alimentos deixados de forma suspeita”, escreveu a deputada.

Ela também pediu apoio das famílias na multiplicação da mensagem de prevenção, sobretudo entre jovens e adolescentes: “Porque o que parece um presente, pode ser uma armadilha.”

Para Janaina, a banalização desses crimes nas redes sociais e sua rápida disseminação em aplicativos de mensagem e vídeos curtos criam um ambiente propício para que adolescentes fragilizados repitam ações semelhantes.

“Esse tipo de crime pode se repetir. Entregas misteriosas, bilhetes sem nome, doces na porta. Cuidado!”, reforçou.