A advogada Larissa Ferrari, ex-amante do jogador do Vasco, Dimitri Payet, voltou a falar publicamente sobre o relacionamento com o atleta e detalhou episódios que, segundo ela, configuram violência física, sexual e psicológica. As revelações foram feitas ao programa “Domingo Espetacular”, da TV Record, e reforçam a denúncia registrada por Larissa na Delegacia de Atendimento à Mulher, no Rio de Janeiro.
Larissa afirma que, ao longo dos cinco meses de relacionamento com Payet, foi submetida a situações humilhantes. “Eu gravava vídeos onde lambia o chão, o lixo. Eu chorava, mas não pedia para parar. Fizemos um casamento simbólico a pedido dele. Ele queria que eu provasse meu amor por atitudes. Ele puxou meu cabelo, me jogou no chão, e tivemos relações sexuais com uso de força”, relatou.
Segundo a advogada, o jogador usava chantagens emocionais e exigia comportamentos degradantes como forma de demonstração de afeto. “Uma das últimas vezes, a brutalidade foi tanta que vomitei nele. Ele colocou minha cabeça no vaso sanitário, pediu para eu lamber e depois me beijava. Eu pensava: será que vou ter que ser maltratada pra receber carinho?”
Payet, por sua vez, nega todas as acusações. Em depoimento à DEAM, ele confirmou o relacionamento extraconjugal com Larissa, mas afirmou que todas as práticas descritas foram consensuais. O atleta declarou que os vídeos recebidos foram enviados espontaneamente por Larissa, e que ela jamais mencionou qualquer diagnóstico psicológico ou psiquiátrico.
Larissa, de 28 anos, revelou que sofre de transtorno de personalidade borderline e que o jogador sempre soube de sua condição. “Mesmo sabendo, ele me expunha a situações extremas, como tomar minha própria urina e colocar a cabeça no lixo. Eu estava emocionalmente fragilizada.”
Payet alegou que Larissa sugeria algumas das práticas e que possuíam uma relação baseada em fetiches e sadomasoquismo. Em um dos trechos do depoimento, o jogador afirmou ter feito sexo com Larissa vestida de noiva, e que ela teria pedido para receber palmadas que deixaram marcas.
A defesa do atleta sustenta que as imagens de hematomas apresentadas por Larissa são compatíveis com práticas consensuais em locais como cadeiras e superfícies duras. Payet, casado há 18 anos com Ludivine Payet, mãe de seus quatro filhos, disse que Larissa queria continuar o relacionamento na França, mas que ele recusou.
O Ministério Público do Rio de Janeiro pediu o arquivamento do inquérito, alegando falta de provas que sustentem a versão da vítima. O advogado de Larissa, Pedro Pontes, afirmou que o arquivamento não é definitivo e já prepara recurso contra a decisão.
Após o registro da denúncia, Larissa também solicitou medida protetiva de urgência contra Payet. O caso segue gerando repercussão nas redes sociais e levantando debates sobre abuso emocional, consentimento e a dificuldade de comprovar violência em relacionamentos íntimos.
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