O ex-deputado federal Roberto Jefferson deixou, na tarde deste domingo (11/5), o Hospital Samaritano, em Botafogo (RJ), onde estava internado desde junho de 2023. Por decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), ele passará a cumprir prisão domiciliar, com uso de tornozeleira eletrônica.
A medida tem caráter humanitário, com base em laudo médico que aponta fragilidade no estado de saúde de Jefferson, que sofreu uma queda na cela onde estava preso. Moraes destacou que a decisão busca equilibrar o respeito à dignidade humana e à saúde com a efetividade da Justiça Penal.
Jefferson cumprirá a pena em casa — a mesma onde, em outubro de 2022, reagiu à chegada da Polícia Federal com cerca de 50 disparos de arma de fogo, ferindo dois agentes e resultando na apreensão de armas e mais de 8 mil munições. Ele também foi encontrado com três granadas adulteradas.
Preso desde então, Jefferson foi condenado em dezembro de 2024 a nove anos de prisão pelos crimes de incitação ao crime, tentativa de impedir o exercício dos Poderes, calúnia e homofobia.
Além da tornozeleira eletrônica, ele está proibido de usar redes sociais, conceder entrevistas, sair do país ou obter passaporte.
Segundo o hospital, Jefferson sofre de diversas condições médicas, incluindo:
Crises convulsivas (controladas por anticonvulsivantes);
Necrose miocárdica (com controle medicamentoso);
Infecções urinárias recorrentes desde 2023 (prostatite);
Desnutrição (em recuperação);
Colangite recorrente, com sepse abdominal;
Síndrome depressiva grave com sintomas psicóticos e episódios de catatonia, tratados com eletroconvulsoterapia.
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