O vereador afastado de Cuiabá, Sargento Joelson (PSB), afirmou nesta terça-feira (6) que está sendo alvo de uma "armação política" para prejudicar sua imagem. A declaração foi feita nas redes sociais, sete dias após a deflagração da Operação Pefídia, que o afastou do mandato por 180 dias e teve como alvo sua residência e gabinete na Câmara Municipal.
Joelson é investigado por supostamente ter cobrado R$ 250 mil em propina da empresa HB20 Construções para favorecer a aprovação de um projeto de reparcelamento de dívidas da Prefeitura de Cuiabá — medida que permitiu o pagamento de R$ 4,8 milhões à construtora dias depois da votação. O vereador nega qualquer envolvimento no esquema:
“Posso afirmar com tranquilidade que não recebi dinheiro algum e que tenho plena confiança de que tudo será esclarecido em breve. A cada passo fica mais evidente que estou sendo vítima de uma armação política. Confio no trabalho da polícia e da Justiça, que com responsabilidade e serenidade irão mostrar a verdade”, escreveu.
As investigações apontam que Joelson teria atuado com aval do então presidente da Câmara, Chico 2000 (PL), e que as negociações com a empresa envolviam repasses semanais de propina, entre R$ 25 mil e R$ 50 mil. Em áudios que fazem parte do inquérito da Delegacia Especializada no Combate à Corrupção (DECCOR), Joelson conversa com um servidor da HB20 e menciona diretamente Chico 2000 como conhecedor do acordo ilícito.
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