A unidade da JBS em Barra do Garças (500 km de Cuiabá) deve começar a ser abastecida nos próximos meses com energia elétrica gerada através do metano capturado em suas operações industriais, transformado em biogás. A planta terá capacidade de gerar 390 mil kWh por mês, energia suficiente para abastecer cerca de 2,2 mil residências por 30 dias. A unidade deve receber investimentos em torno de R$ 3,3 milhões para instalação de geradores.
O projeto faz parte de um plano maior da Companhia, que já investiu R$ 77 milhões na implantação de biodigestores e outros equipamentos em unidades no Brasil, sendo R$ 55 milhões provenientes de recursos próprios da JBS, R$ 4 milhões da Âmbar Energia, da holding J&F Investimentos, e R$ 18,4 milhões de outros parceiros. A meta é transformar o metano em energia elétrica, reduzindo custos operacionais, aumentando a eficiência e contribuindo com a redução das emissões de gases de efeito estufa (GEE).
Além de Barra do Garças, outra unidade em fase de implementação é a de Mozarlândia (GO). Juntas, elas devem adicionar 1,1 milhão de kWh à capacidade de geração da empresa, o que representa um consumo médio mensal de cerca de 6 mil residências. Desde 2023, as unidades de Ituiutaba (MG) e Andradina (SP) já operam com geradores a biogás, tendo produzido mais de 2 milhões de kWh de energia e evitado a emissão de mais de 260 mil toneladas de CO₂ equivalente – o mesmo que retirar 105,5 mil carros das ruas por um ano.
O projeto atual foi possível graças a um investimento da JBS iniciado em 2021, quando a Friboi implementou biodigestores em nove de suas plantas frigoríficas para capturar o metano gerado pelas operações industriais e convertê-lo em biogás. Nos próximos meses, mais unidades da Friboi poderão contar com geradores movidos a biogás, garantindo o abastecimento de energia elétrica tanto para as áreas administrativas quanto para o setor industrial.
Esse é considerado um grande projeto do segmento na indústria de proteína no Brasil. “O projeto reflete o compromisso da JBS com a gestão eficiente de recursos e com a busca por soluções que gerem valor econômico e ambiental de forma integrada”, afirma Liège Vergili Correia, diretora de Sustentabilidade da JBS Brasil. “A geração de energia a partir do biogás também reduz a dependência da rede elétrica e contribui para mitigar os riscos associados à volatilidade dos preços da energia”, explica.
O biogás apresenta-se como uma alternativa energética promissora, alinhada com os princípios da economia circular. Além da geração de vapor e eletricidade, a JBS avalia o uso do biogás como combustível para sua frota, buscando reduzir os custos com diesel e as emissões GEEs. “Além dos benefícios operacionais, estamos atentos às oportunidades de receita com a comercialização do biogás ou da energia elétrica excedente, seja para distribuidoras de gás, seja para indústrias. A ideia é ampliar cada vez mais esse modelo”, comenta Liège.
Com os resultados, a JBS demonstra o papel estratégico do biogás na construção de um futuro energético mais sustentável, com aplicações que vão desde a substituição da biomassa em caldeiras até a geração de eletricidade e a potencial transição para uma frota de transporte menos dependente de combustíveis fósseis. “Esse é apenas o começo de um movimento estratégico. Tenho certeza de que colheremos excelentes resultados a partir desses investimentos”, conclui a diretora.
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