Alexandre Guimarães, ex-diretor de Governança, Planejamento e Inovação do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), está sendo investigado por supostos repasses financeiros recebidos de Antonio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”. Camilo é apontado como lobista de entidades suspeitas de realizar descontos ilegais sobre a folha de pagamento de aposentados e pensionistas.
A investigação faz parte da Operação Sem Desconto, deflagrada pela Polícia Federal (PF) no dia 23 de abril, que visa apurar um esquema envolvendo descontos indevidos que somam R$ 6,3 bilhões. Guimarães foi nomeado diretor do INSS em 2021, no governo Jair Bolsonaro, e deixou o cargo no início do governo Lula.
De acordo com a apuração, os repasses de Camilo para Guimarães teriam sido feitos por meio da empresa Vênus Consultoria, de sua propriedade. A defesa de Guimarães negou qualquer vínculo entre o ex-diretor e as investigações, afirmando que a empresa atua com educação financeira e que a relação com Camilo não está relacionada ao INSS.
A Operação Sem Desconto já resultou em mais de 200 mandados de busca e apreensão e seis prisões, além do afastamento de servidores, incluindo Alessandro Stefanutto, então presidente do INSS, que foi demitido pelo presidente Lula após a ordem judicial de afastamento.
A PF continua investigando a possível participação de operadores, entidades e servidores do INSS no esquema criminoso de descontos irregulares.
Mín. 20° Máx. 33°