O senador Jayme Campos (União Brasil) não poupou críticas ao Supremo Tribunal Federal (STF) após a prisão do ex-presidente Fernando Collor de Mello. Durante evento nesta sexta-feira (25), o parlamentar classificou a decisão como um “excesso” e defendeu que medidas alternativas, como uso de tornozeleira eletrônica ou prisão domiciliar, seriam mais adequadas.
"Considerando a trajetória de Collor como governador, senador e presidente da República, prender foi um exagero. Uma prisão domiciliar resolveria", afirmou Jayme. Para ele, pelo histórico político de Collor, seria mais sensato que o ex-presidente fosse custodiado em unidades da Polícia Militar, do Corpo de Bombeiros ou da própria Polícia Federal. Ainda assim, reconheceu que a lei deve ser aplicada igualmente a todos.
O senador também apontou outros exemplos de atitudes que, em sua avaliação, extrapolam o razoável. Citou a notificação judicial feita ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) enquanto ele estava internado em uma Unidade de Terapia Intensiva no hospital DF Star, em Brasília.
"Foi um exagero intimar o presidente dentro da UTI. Poderiam ter esperado ele sair do hospital, até porque não havia risco de fuga. O Supremo tem cometido sucessivos abusos e isso precisa ser corrigido. Temos que discutir e regulamentar o que de fato cabe e compete ao STF", disparou Jayme.
Fernando Collor foi preso nesta sexta-feira (25) em Maceió (AL) por ordem do ministro Alexandre de Moraes, após a rejeição de recursos da defesa contra a condenação de 8 anos e 10 meses de prisão, em desdobramento da Operação Lava Jato. Após a prisão, Collor foi expulso do PRD — partido que, segundo integrantes, nem sabiam que ele integrava oficialmente.
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