O presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), deputado Max Russi (PSB), afirmou nesta terça-feira (22) que o Parlamento estadual não aceitará a comercialização de itens supérfluos nas cantinas dos presídios do estado. A declaração foi uma resposta direta às críticas recebidas após os deputados derrubarem o veto do Governo do Estado que impedia o funcionamento desse tipo de comércio nas unidades prisionais.
“Não foi liberado nada. Estão divulgando informações de forma incorreta. O que fizemos foi permitir que o Governo regulamente o que considera estritamente necessário. Eu concordo com itens de higiene, como sabonete ou pasta de dente. Mas qualquer coisa além disso — chocolate, Nutella — terá a crítica da Assembleia e será acompanhada de perto”, garantiu Russi.
A polêmica se intensificou após virem à tona denúncias de que presos estavam comercializando produtos de alto padrão dentro das cadeias, incluindo alimentos como Nutella, Sucrilhos, e até roupas de marca como cuecas Calvin Klein. O episódio ganhou repercussão quando Sandro da Silva Rabelo, o “Sandro Louco” — apontado como líder de facção criminosa — revelou em depoimento à Justiça que lucrava cerca de R$ 75 mil por mês com esse tipo de comércio ilegal.
Na votação que derrubou o veto governamental, 13 deputados foram favoráveis à liberação da regulamentação, enquanto 10 votaram pela manutenção da proibição. O Governo do Estado já anunciou que recorrerá à Justiça para reverter a decisão da Assembleia.
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