Quarta, 30 de Abril de 2025
20°C 31°C
Cuiabá, MT
Publicidade

Juiz converte prisão de procurador em preventiva e envia acusado para Mata Grande

Durante o depoimento, Luiz Eduardo alegou estar “tranquilo” no momento do crime e disse não ter agido por ódio ou raiva, mas também não soube explicar o que motivou o disparo.

12/04/2025 às 11h34 Atualizada em 12/04/2025 às 16h32
Por: Redaçao
Compartilhe:
Juiz converte prisão de procurador em preventiva e envia acusado para Mata Grande

 

O juiz João Bosco Soares da Silva, da 10ª Vara Criminal de Cuiabá, converteu em prisão preventiva a detenção em flagrante do procurador da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), Luiz Eduardo Figueiredo Rocha e Silva. A decisão foi tomada durante audiência de custódia realizada na tarde desta sexta-feira (11). O magistrado também determinou que o acusado seja transferido para a Penitenciária Major Eldo de Sá Corrêa, a Mata Grande, em Rondonópolis, unidade com estrutura para receber advogados presos.

 

Luiz Eduardo foi preso após confessar ser o autor do disparo que matou o morador de rua Ney Muller Alves Pereira, de 42 anos, na noite de quarta-feira (9), no bairro Boa Esperança, em frente à Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). O crime, registrado por câmeras de segurança, causou forte repercussão em Cuiabá.

 

Segundo a Polícia Civil, o procurador jantava com a família em um restaurante anexo a um posto de combustíveis quando foi informado de que seu carro, uma Land Rover preta, havia sido danificado por pedras lançadas por um morador de rua — posteriormente identificado como Ney, que sofria de transtornos mentais. Ainda assim, Luiz Eduardo permaneceu no restaurante, retornou para casa com a família e, mais tarde, voltou ao local para “procurar a polícia”.

 

No entanto, ao localizar Ney andando pelas redondezas, o procurador se aproximou com o carro, abaixou o vidro e atirou à queima-roupa contra o rosto da vítima, fugindo em seguida. As imagens de câmeras mostram a SUV desacelerando e parando ao lado do homem antes do disparo fatal.

 

A defesa, comandada pelo advogado Rodrigo Pouso, alegou que o procurador agiu em legítima defesa, afirmando que Ney teria avançado contra o veículo. O advogado classificou o disparo como uma "fatalidade" e afirmou que não houve intenção de matar. Ainda assim, a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) vê o caso como execução, com indícios de premeditação, motivo fútil e emboscada — o que caracteriza homicídio qualificado.

 

Durante o depoimento, Luiz Eduardo alegou estar “tranquilo” no momento do crime e disse não ter agido por ódio ou raiva, mas também não soube explicar o que motivou o disparo.

 

Servidor efetivo da ALMT com salário de R$ 44 mil, o procurador entregou-se espontaneamente à polícia horas depois do crime. A arma usada e o veículo foram apreendidos.

 

Agora sob prisão preventiva, Luiz Eduardo permanece à disposição da Justiça enquanto o inquérito segue em andamento. A defesa tentará reverter a prisão nos próximos dias, mas a repercussão do caso e as imagens do crime devem pesar na análise judicial.

* O conteúdo de cada comentário é de responsabilidade de quem realizá-lo. Nos reservamos ao direito de reprovar ou eliminar comentários em desacordo com o propósito do site ou que contenham palavras ofensivas.
Cuiabá, MT
25°
Tempo limpo

Mín. 20° Máx. 31°

26° Sensação
2.57km/h Vento
83% Umidade
0% (0mm) Chance de chuva
06h54 Nascer do sol
06h28 Pôr do sol
Qui 34° 20°
Sex 34° 22°
Sáb 33° 23°
Dom 33° 22°
Seg 34° 22°
Atualizado às 19h02
Economia
Dólar
R$ 5,66 +0,54%
Euro
R$ 6,41 0,00%
Peso Argentino
R$ 0,00 +0,00%
Bitcoin
R$ 565,666,14 -0,34%
Ibovespa
135,066,97 pts -0.02%
Publicidade