O mercado da pecuária de corte no Brasil enfrenta um cenário que pressiona o bolso do consumidor. A oferta limitada de bovinos prontos para o abate e a crescente demanda por exportações estão elevando os preços no país. Nesta semana, a arroba do boi atingiu R$ 318, seu valor mais alto em 2024, trazendo um impacto direto para o consumidor final.
Agora, com a arroba novamente em alta, os pecuaristas obtêm melhores margens de lucro, enquanto os consumidores devem se preparar para pagar mais pela carne no varejo.
Segundo o Instituto de Economia Agrícola (IEA), o preço médio da carne bovina em setembro foi de R$ 37,58, significativamente superior às carnes suína e de frango, que custavam R$ 24,37 e R$ 25,43, respectivamente. Diante desses aumentos, é esperado que muitos consumidores busquem proteínas alternativas.
Outro fator que contribui para a alta dos preços é o crescimento nas exportações brasileiras de carne bovina, que chegaram a uma média de 236,2 mil toneladas em outubro, um aumento de 40,2% em comparação com o ano anterior. Esse volume, impulsionado pela demanda externa, reduz ainda mais a oferta interna, ampliando a pressão sobre os preços.
A previsão é que essa tendência continue pelo menos até o final do ano, especialmente considerando o aquecimento do mercado com o décimo terceiro salário e as festas de fim de ano. A alta procura por carne bovina, combinada com a limitação de oferta, deve manter os preços elevados, representando um desafio para o orçamento dos brasileiros.
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