Jonas Souza Gonçalves Júnior, conhecido como "Batman do CV", voltou a ser alvo da Justiça após violar as condições de sua liberdade monitorada. Condenado a mais de 66 anos de prisão, Jonas rompeu a tornozeleira eletrônica apenas três dias depois de ser solto da Penitenciária Central do Estado (PCE) em Cuiabá, onde cumpria sua pena.
A liberação do criminoso ocorreu no dia 24 de setembro, após a juíza Cristhiane Trombini Puia Baggio, do Núcleo de Atuação Estratégica (NAE), ter concedido o benefício da liberdade monitorada, justificando a decisão com base no "ótimo comportamento" do detento durante sua execução penal. Segundo a magistrada, não havia registros de falta grave ou mau comportamento no sistema penitenciário que justificassem a negativa do benefício.
Entretanto, na noite do dia 27 de setembro, a tornozeleira eletrônica foi rompida, gerando um novo mandado de prisão para Jonas Souza. A juíza Ana Graziela Vaz de Campos Alves Corrêa, responsável por determinar sua volta à prisão, destacou a gravidade do descumprimento das medidas cautelares e a necessidade de evitar que novos crimes sejam cometidos.
"Além de romper a tornozeleira, o recuperando a retirou de seu corpo, configurando a quebra das condições impostas. Para evitar riscos de fuga e novos delitos, defiro o pedido de regressão cautelar do regime semiaberto e determino a imediata expedição de mandado de prisão", afirmou a magistrada.
Jonas já havia sido envolvido na Operação "Red Money", deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) em 2018, que investigou o envolvimento de uma célula criminosa ligada ao Comando Vermelho. A operação revelou um esquema que teria movimentado cerca de R$ 52 milhões, fortalecendo a atuação da facção no estado de Mato Grosso.
Com o rompimento da tornozeleira, Jonas Souza se encontra foragido, e as autoridades intensificam as buscas para recapturá-lo.