O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) enfrenta críticas após a revelação de que 8 milhões de doses da vacina Coronavac perderam a validade ou estão prestes a expirar, sem que fossem distribuídas, conforme apontado por um levantamento da Folha de S. Paulo. Esse desperdício representa, no mínimo, R$ 260 milhões de recursos públicos.
Em setembro de 2023, o Ministério da Saúde adquiriu 10 milhões de doses da Coronavac, mesmo quando o imunizante já havia perdido destaque na campanha do Sistema Único de Saúde (SUS). A vacina, que inicialmente desempenhou um papel essencial no combate à pandemia, tornou-se menos eficaz contra as novas variantes do vírus, o que levou a uma menor demanda por sua aplicação.
Ainda assim, o Ministério optou por isentar o Instituto Butantan, fabricante da vacina, de substituir os lotes com validade inferior ao estipulado em contrato. Essa decisão, somada à baixa utilização das doses, resultou em um desperdício considerável. Até o momento, apenas 260 mil pessoas foram imunizadas com a Coronavac, levando à perda de mais de 97% das doses adquiridas.
A situação levanta questionamentos sobre a gestão dos recursos públicos e a tomada de decisão do governo ao adquirir vacinas que já estavam em desuso no SUS. A pasta da Saúde não se pronunciou sobre o motivo da compra nem sobre o número exato de doses que expiraram ou estão em risco de vencimento.
Este desperdício levanta preocupações quanto à eficiência na gestão das campanhas de vacinação e ao impacto financeiro gerado por decisões estratégicas no combate à pandemia.
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